24/09/2010

Visão onírica


Pessoas desciam e subiam a serra dos Brindes. Uma reviravolta indefinida se formava perante aqueles que compunham a cena. Um grupo se afastava, receoso do que poderia acontecer. Outros em transportes, parecia isso, se mexiam como se buscassem algo esplendoroso. Neste iniciar, nenhuma cena se formava, um avassalar de imagens, soltas e confusas. Não se sabia o que seria tecido.
No canto a direita, quase embaixo do morro, ou montanha, uma menina disse a outra. "Vista estes trajes. Com ele você conseguirá fazer parte do grupo". Ela indecisa seguiu aquela ordem. vestiu uma peça de banho, coberta por outra que deixava algumas partes do seu corpo ainda a mostra e desceram até a praça onde tudo aconteceria.
Pessoas tinham como em uma colmeia. Os grupos divididos se perfilavam, cada qual com seus objetivos e suas propostas. Carros estranhos traziam consigo objetos estranhos. Ela observava. Um mosaico de cores naquele dia que parecia noite ou noite que tinha nuances de um dia diferente dos demais. A menina foi se adentrando no meio da multidão, não entendia, nada a esclarecia. Mas de imediato percebeu-se no centro daquele eufórico dia.
Uma arma, um míssel, uma bomba. Algo seria lançado. Com que objetivo? Desconhecia. Talvez para que pudessem demonstrar o seu poder, a capacidade do homem criar e destruir ao mesmo tempo. Ou quem sabe, brincar de ser criança, apontando seus tanques de guerra e destruindo tudo a sua volta. O espaço estava montado. Todos assistiam tudo aquilo como se estivessem em um show pirotécnico. No centro, os artefatos foram montados e em sua frente tudo era afastado diante do perigo mortal que este aparelho trazia para sociedade, mas todos estavam lá, obsevando e aguardando; aguardavam um resultado ou uma vitória de um dos lados? Não se sabe. Defronte, paredes eram montadas para evitar qualquer transeunte, mas sempre alguém curioso testava a proteção e arriscava sua vida. talvez nem soubesse o risco que corria.
O tempo foi passando e o líder do grupo, o representante, pegou em suas mãos aquela bomba e diante do seu magnanime poder a apontou para o mesmo lugar que teria sido planejado o seu disparo. Ele faria o que era pra ser feito, embora estivesse na posição de herói. Em suas mãos estava todo o perigo, mas ele como representante do povo tinha como missão , esta determinada por ele, de ser o grandioso.
Enfim, assim foi disparado, e como não somos e nem temos o controle das situações, a bomba caiu e se direcionou para grande parte da população que estava a sua esquerda. A menina que se posicionava do lado esquedo foi abraçada pela sua mãe que conhecedora do perigo gritava juntamente com a explosão que queimava todos: "Vamos todos morrer, esta tudo queimando" a menina só fez fechar os olhos e sentir o calor intenso das labaredas queimando milhões...
Um silêncio imperou e como no virar de lados deparou com cores apenas, diversas, sobre o chão. Cada cor representava um daqueles que trazia consigo a confiança de ser representado por um dos lados, mas não houve tempo de perceber que o poder humano esta além do que eles imaginam.
Assim silenciou o tempo e as vozes de muitos sem vozes que mantinham vivos dentro de si a esperança de ser melhores, porque faziam parte da política.

Um comentário:

Rívia Petermann disse...

O homem não reconhece ,mesmo, o poder que possui.E por usá-lo sem total conhecimento deste,acaba sempre metendo os pés pelas mãos;prejudicando de modo geral.
No entanto,pergunto-se se desconhecer esse poder é bom ou ruim,pois,conhecendo-o,seri usado de modo conveniente,ou abusivo?


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