26/10/2008


opmet: desvende-o

Qual é o poder do tempo? Como contar as suas horas? Horas? Tempo? Mas sempre houve este tempo? Um tempo cronometrado, frustrado, determinado por premeditações. Tempo que se fez enigma em Edipo rei como o mistério do homem. um homem dos ponteiros, dos pêndulos arcaicos e da era digital. Um tempo energico, virulento e composto de rotinas que denigrem a serenidade humana.

Somos quantitativamente sempre; numeros de um tempo, duzias de horas, grupos de semanas, coleçoes de meses e uma ilimitações de anos. Anos infindaveis para este tempo, embora determinado pela nossa existencia mortal. Sao sucessões de elos conectores e que nos enlacçam na linearidade temporal. a nossa historia foi determinada didaticamente para encontrarmos os nossos tempos. As linhas dos tempos se esfroçam para dialogar com imprecisao do nosso tempo.


Anos que inicam outros que se findam. Mas nada realmente se acaba na determinação do tempo. Simplesmente ele perdura e somos levados em sua capanga ou em seu pen driver . mas acorde deste tempo! E viva o apenas sem esperar o futuro se desabrochar e muito menos a cristalização do passado. Este é o meu tempo. O tempo de dizer, de romper, de vislumbrar as nossas certezas inabalaves: a presença da vida em cada um.

O encontro com a arte
A arte nos eleva
Nos faz sublime.
Nos transporta das artificialidades deste mundo
Ora perverso, ora inquieto
É na completude da arte
Da fantasia, do sonho
Que nos tensionamos na sabedoria do divino
E o encontro com a magia
Com os espaços misteres
No momento de suspensao
De elevaçao
Afastamos desta realidade
E permanecemos em instantes infinitos
De contemplaçao
Perfazemos pela sensibilidade
Atraves da razao
E retornamos
Mais puros e preenchidos
Da sede de vida

24/10/2008

O ecoar do grito do primeiro homem primitvo nas profundas cavernas negras já anunciava um desejo. O seu corpo queria algo; tinha fome. Fome de algo. Fome de preencher seu corpo; de acalmar seus impulsos. Estas manifestações tinham que ser contidas. E no desabrochar de um grito seus impulsos se afloraram e ecoaram diante das paredes rispidas das montanhas ingremes.
Dois corpos ao longe se viam. Aquela femea se ardeu e de seu corpo se escapou particulas sublimes de desejo. Estas erupções a deixavam tremula e o seu pulsar tremulo alvoraçava o vento.

20/10/2008



Morangos

Este é o momento
Momento de acalmar
A brasa ardeu, queimou e feriu
Pequei ao te querer demais
Nao houve limites
Somente o querer

Quis voar sem asas
Quis as nuvens sem ao menos pisar ao chão
Quis o céu e o inferno

Para serenar no alado monte
Para queimar no corpo do meu anjo
Quis demais
E na superioridade do meu querer
Sinto que é preciso acalentar os calores da minha alma
Alma fêmea, lábios tremulos de desejo
Vermelho ardente
Batom radiante
Vestidos ao vento e movimento
Ao chao...

Descobrindo mistério das peças femininas
Rodopios de uma manhã
Encaixados estavamos
No embalo ciclico

Calor, desejo de sede
Sede de amor
Fome de morangos afogueados
De cogumelo-de sangue
De me envaidecer e ser invadida
Por ti, por tu
Compondo consonancias perfeitas
Murmurando em seus ouvidos
As melodias infinitas da sua deusa das aguas