19/11/2009
15/11/2009
Sol e Lua
Ardente manhã
Imergi de ti este fervor
Queima e transborda de tesão
Queres o universo nesta tensão
As palavras são únicas personagens desta prosa
De dia apenas arde,
Esbraseia no seu silêncio
Um tumulto de vozes clama
Este arroubo
Ah, enquanto estas palavras se esvaem lentamente
Sobram resquícios de seu esplendor.
O corpo estremece,
a mão se comprime,
o sangue se aquece
Diante da incerteza de ter o incerto
Assim, foi se o sol
E a noite se despiu
A lua surgira
Assim com seu brilho,
Embora singela e cálida no seu íntimo
As luzes se foram
A voz se calou
E apenas a noite de Lua restou
Talvez algum dia
O sol renasça
Na sua voracidade
E esbraveje o seu lugar
De eternidade
Sem sol não somos
Faltam partes para compor
A maestria melódica desta sinfonia
20/10/2009
Sem chão
03/09/2009
Silêncio... Palavras...
Calei minhas palavras de poesia
Será que o tempo se fechou
Ou simplesmente percebi que ser poeta
È está impregnada de paixão
No interior da candida lua de verão
Ou na superfície das águas de primavera
Sei não
e então...
o que importa descobrir
A inercia que se faz
neste mundo soterrado
das lamurías de homens
sem deuses
28/04/2009
Entreolhais... meu ser
Entreolhando...
Palavras
larvas
Imagens
Miragens
Melodias
Mel
Dias e dias
Entreolhando...
Orações
Ações
Encanto
Canto
Corpos e mentes
Poesias e prosas
Se coadunam nesta miscelênea
Apenas porque
O preludiar se deu num entreolhar
Entre o eu e o tu
Submergiu
um olhar
olhares
Olhares ofegantes
Olhares pagãos
e puros da santidade de alma
Olhares umidos
no percurso da paixão
De gozo
Gozo do toque
dos lábios sequiosos de sequidão
dos seios flácidos
ao enrijecer nas suas mãos
da menina se despir de bailarina
de dançar sua melodia
de compor sua fantasia
Gozo dos lábios contornar
as calmarias
Ainda sem rumo, sem prumo
Mas uma constante poeisa
22/04/2009
31/03/2009
o tempo compôs esta melodia e nada como uma manhã ensolarada para esfriar as mãos gelidas, ou senão aquecer o calor dos corpos, caso fosse preciso. Será que seria? Nem esta indagação era possível de uma resposta. Nada sabiam, além da ceteza de enfrentar o nada.
Enfim, os freios anunciaram o prelúdio, o movimento intenso de corpos em busca de seus objetivos, cada qual indiferente da certeza da busca particular de cada um. As malas trazem memórias de um passado e desejam escrever novas sinfonias. Os caminhos se descrevem em tentáculos. E aquela menina perdida e também ousada, decidi se abrir para um mundo novo.. Poderia se perder naquela multidão de almas, poderia ser roubado os seus pensamentos, tudo poderia acontecer, embora não imaginasse que depararia com um leitor andante e seu livro em mãos. De imediato, ela o reconheceu "era ele". Um andar compassado e inquieto, essa era sua certeza ao acompanhá-lo. "Será que ele irá deixá-la a sua espera?" Descumprindo os seus passos, ele retornou e agora vinha em sua direção. Colocou a mão no bolso a procura de algo, não foi preciso. O seu campo de visão preencheu o seu dia.
Não sabiam mais como se comportar. Uma cidade em chamas: carros, ônibus gritantes, um barulho ensurdecedor de um trânsito desumano, mãos geladas, talvez sinal do inversno característico. O sangue corrompia cada veia no embalo do trânsito, persisitia ambos paralelos neste aglomerado de homens.. O fervor das chams, o solo desértico dos lábios, o acalentar dos medos num abraço.
A poesia se refez novamente, em versos decassílabos, cada qual com sua tonicidade imanente, intensa e como foi intensa. Compraz em ti, cidade esplendorosa, narrar em versos as canções desta manhã. e nas alturas de um número par, da avenida dos consolos, consolar os amores , personagens do meu canto. Dedilhar nas cordas do violão as notas certas da composição poética e melodiosa de um tempo escrito em poemas e desejado em sinfonias.
18/01/2009
A negritude fosca do asfalto eleva o sertão. As marcas grosseiras das mãos humanas demonstram a sua destruição. Seus traços desconexos e incertos, suas linaridade obliqua, sua funcionalidade sem idade. Queria ele amparar os cantos, conduzir as vidas sem saidas, apenas conduzi-las sem dores e com os amores. A modernidade trouxe o progresso sendo o retorno ao passado mais presente que o encontro com o contemporâneo.