20/01/2010

Sinestésico mundo


Queria entender o mundo
O mundo de cores, de amores, de constelações
O que há de mistério
Onde andam seus segredos
Para sentar na areia da praia e poder decifrá-los
Queria como uma menininha com sua saia rodada
Me encantar das pequenas fadas
Me socorrer com meu príncipe
Em seu cavalo branco e fugir dos feitiços da bruxa malvada

Assim bem distante deste mundo
Na constelação mais radiante
não procuraria entendê-lo,
Mas sim construir um mundo novo
Com suas nuances próprias
Com sua brisa leve
Com seu terreno fértil
E com as pessoas que possam deslumbrar
com o encanto das palavras
só para desfrutar em cada metáfora
Os prazeres deste mundo

Ser o não Ser


Em que acreditar?
Há tantos caminhos
Tantos segredos desconhecidos
Como conhecer o desconhecido?
Como desconhecer o que se conhece?
Primeiramente, nada se conhece
Estamos com vendas negras
De mãos atadas
Como zumbis
uma sociedade repelta de homens
que nao sao humanos
Apenas andam onde querem que eles andam
Apenas dizem o que querem que dizem
Apenas sorriem quando o momento lhe for proporcionado
Apenas veem as estelas televisisivas e necesárias
e você?
Ondem você está?
O que há dentro de cada um?
Quais as suas vontades?
E o seu pensamento?
O homem ainda é um ser pensante
Capaz de analisar as suas vontades?
Além do céu,
Além do mar.
O que há?
Além do alem mar,
Além do além-homem
Há pedras ou trilhas
Há veredas ou caatingas?
Que caminho seguir
Em que acreditar?

12/01/2010

Suspiros



Tanta serenidade naqueles dias. Pareciam anjos alados suspensos em suas palavas. A magia se fez, as luzes se apagaram e só restaram suspiros em braços eternos.