20/11/2008

Um dia não tem em si só
A grandeza de transparecer no homem
A sua magnitude
Somos complexos diante da existência
Agimos, ensinamos, aprendemos
Contribuimos e complementamos as lacunas deste mundo
Somos o mistério da vida
Trazemos em versos metafóricos
Nossas sensações
Embalamos no pensamento
Transcedemos a natureza
Oh natureza, bela divindade
Sons pungentes e nobres...
O cantar dos pássaros
O cibilar das cigarras
O entoar das cachoeiras
Que desperta ao longe
O sol da manha
O sussurrar do silêncio
E o anunciar das flores silvestres
Cores radiantes e belas...
O corpo sereno e pálido
Das cascatas com suas formas nuas e esfumaçantes
O intenso matiz das flores
Ou simplesmente sua genuina cor:
vermelho, rubro, púrpureo
Amarelo, solar, lunar
Um arco-iris de contemplação
A sinuosidade das formas...
Concretas, firmes, robustas
Contam história
De um povo
Suas riquezas de um tempo passado
Suas fraquezas de um povo presente
Dispersos e contribuidores da destruição natural
Um povo sem voz
Com seus olhares turvos
Seus sabores insipidos
Seus tormentos e lamentos
Embalados nas águas
DesteRio de Contas
Quero mandar te em vento.
Os prazeres nascidos das águas
Embalados nas relvas claras
Escrevo com o caule pueril daquela rosa
Mancho as palavras com nuances alvas em nuvens aveludadas
Ecoo meu grito
Soletro as onomatopeias deste tempo
Um tempo de paz

Elaboro catacreses personificadas
Orno as páginas desta página
Com sinestesias e hiperboles explendorosas
E na elevação ascética
Evoco os deuses
Convoco as ninfas
Suplico aos anjos
Recorro a Jano
A fim de distinguir destas memórias
As trilhas de um tempo

Se houve pedras
Arremessaram-me ao paraiso
Mesmo o suos das partes pudicas
O cansaço fisico de um corpo mundano
Não me desencorajaram
Desbravei o calor intenso da manhã
Respirei o ar restrito dos pulmões
Contemplei este dia
Subi a colina
Desci o vale
Escavei a terra
Colhi pedras nos leitos dos rios
Pisei na areia de mistérios fulgentes
Mergulhei nas águas e seus segredos
Falei a mesma língua da mitologia
Ouvi a voz do pássaros
E dancei pro meu sutão
Os prazeres de uma eternidade

16/11/2008


Apenas arqueou a cabeça para um dos pólos de sua vida e distante permaneceu, ouvindo as vozes dos cantos sublimes da natureza. E sentiu um toque em sua nuca. Lábios quentes vestiam seu dorso de uma pele de desejo. Um desejo que se manifesta ao som das palavras ou então a suas outras formas de manifestações. As palavras penetram delicadamente em seu orifício auditivo e a faz mulher. o ato sexual está além do toque, ele se transfigura em estados de mutações. É o querer se manifestando nas suas únicas possibilidades. Amar um homem, desejá-lo não é preciso esta olho nos olhos. O corpo permeia as searas do pensamento e imerge em busca dos oásis no deserto, das fontes límpidas de uma florestas, das cascatas deslumbrantes de um paraíso perdido. E neste estágio de busca tudo se transforma e no transmutar das sensações, além - homem, além mulher, além mar, além das palavras, além das metaforas, pois nem elas podem permitir e corresponder realmente o desejo oculto de si.

14/11/2008

Que distancia é está
que nos traz tão perto da solidão?
Que vazio então...
Que preenche o espaço
Que sufoca o vácuo
Que afoga o senso
de limitação

E a dúvida constate:
da razão ou emoção
do amor ou paixão
do sexo desconexo
do figurado sentido das palavras

Responderia talvez
as incógnitas decifráveis
Lançadas nas cartas marcadas
Embora sóbrias, lúcidas
na sensatez ébria

Repousaria em tempos
Para corrompê-los
Cosntituiria labirintos
Nas labareda caucificadas
Com o simples desejo
De queimar:
Queimar estes versos
Arder em chamas te peço
Molhar seu sexo
E acordar serena
Derretendo meus lábios
Nas reminiscências de um passado
Um passado eterno

12/11/2008



A dor de não ser


Fecho os olhos e me busco na escuridão
Arranco a roupa e me busco na sensação
Olho no transparente cerne do meu ser

Cade você?
Você que algum dia se descobriu
Te viu nua e se extasiou
Te viu sua rondando nos becos negros
Navegando nos campos rupestres
Rompendo o concreto da noite
Contrapondo com a invençao das constelações

Você que viajou em palavras
Que comoveu este tempo inaudito
Que fez poesia dos seus dias perenes

Oh , você bela menina do entardecer
Cantora das cifras melodiosas
Dançarina dos véus enigmáticos
Embalando o seu corpo em noite de glamour

Acorde apenas.
E abra os olhos
Assim perceberá
Na metafora de cada palavra que tu és


És o que te embalou


E serás o que auiseres ser.

04/11/2008


Acordei a manhã

Dormi com a noite
Cubri-me de estrelas
E lavei-me de suor no calor desertico da madrugada
Sonhei ao som da melodia das borboletas
As transfromaçoes que se deram
A metamorfose se deu como um vulcão
Nas concretas aparências e atitudes
Mas metamofosear a alama é mais intenso
Não se abri um baú, remexe em seus apetrechos
E joga simplesmente a chave fora
As lembranças fincam na história
Para se fazerem história
E para que sejam lembradas
Sempre quando a saudade
Sufoca a alma

Saudade do carinho do vento
Saudade do abraçar da tarde
Saudade das palavras e melodias dos pássaros
Saudade do sussurrar dos pensamentos em meus lábios
E das mãos fartas e macias da sedução

Assim tive que acordar a manhã
Para fugir dos meus sonhos
Sonhos eternos e constantes
De se sentir amada