20/11/2008

Quero mandar te em vento.
Os prazeres nascidos das águas
Embalados nas relvas claras
Escrevo com o caule pueril daquela rosa
Mancho as palavras com nuances alvas em nuvens aveludadas
Ecoo meu grito
Soletro as onomatopeias deste tempo
Um tempo de paz

Elaboro catacreses personificadas
Orno as páginas desta página
Com sinestesias e hiperboles explendorosas
E na elevação ascética
Evoco os deuses
Convoco as ninfas
Suplico aos anjos
Recorro a Jano
A fim de distinguir destas memórias
As trilhas de um tempo

Se houve pedras
Arremessaram-me ao paraiso
Mesmo o suos das partes pudicas
O cansaço fisico de um corpo mundano
Não me desencorajaram
Desbravei o calor intenso da manhã
Respirei o ar restrito dos pulmões
Contemplei este dia
Subi a colina
Desci o vale
Escavei a terra
Colhi pedras nos leitos dos rios
Pisei na areia de mistérios fulgentes
Mergulhei nas águas e seus segredos
Falei a mesma língua da mitologia
Ouvi a voz do pássaros
E dancei pro meu sutão
Os prazeres de uma eternidade

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