12/11/2008



A dor de não ser


Fecho os olhos e me busco na escuridão
Arranco a roupa e me busco na sensação
Olho no transparente cerne do meu ser

Cade você?
Você que algum dia se descobriu
Te viu nua e se extasiou
Te viu sua rondando nos becos negros
Navegando nos campos rupestres
Rompendo o concreto da noite
Contrapondo com a invençao das constelações

Você que viajou em palavras
Que comoveu este tempo inaudito
Que fez poesia dos seus dias perenes

Oh , você bela menina do entardecer
Cantora das cifras melodiosas
Dançarina dos véus enigmáticos
Embalando o seu corpo em noite de glamour

Acorde apenas.
E abra os olhos
Assim perceberá
Na metafora de cada palavra que tu és


És o que te embalou


E serás o que auiseres ser.

Um comentário:

Teobaldo Neto disse...

Uma releitura pessoal da clássica frase “conhece-te a ti mesmo”. Muito bom. O Texto nos conduz sem a necessidade de uma atenção sistemática.