24/09/2010

Convido-me a me encontrar


Não aguento a pressão dos meus EUS
Ora sol de alvorada
Suave pluma ao vento
Pés sem rumo
Cabelos ao ar
Corpo diáfano

Ora nebulosa
Noites sem elos
Olhar ao longe
Talvez por uma incerta busca
Silêncio secreto da mão de escritor

Ora inquieta
Com indagações constantes
Com palavras irresolutas
Com verdades ditas
Apenas ditas
E há verdades?

Ora coração talhado
Dores intensas
Emociona e dissipa
Em lágrimas de incompreensão

As pessoas não são humanas
Os animais não são animais
Por que na minha teia
Todos são o que não são
E ninguém consegue ascender a luz.

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