02/09/2010

O silêncio gritante


A garrafa vazia em minha direção
O silêncio interior confronta com as vozes que me sufocam
Conflito diário
De indagações e de respostas sem perguntas
Ou de perguntas sem respostas
Vozes, gritos, lágrimas
O corpo chama
a mente turbulenta
E o mundo lá fora
Parece fazer parte do meu peito
Tons nublados
Cheiros agonizantes
Bocas murmurejam
Pernas se deslocam
e nenhum caminho a decifrar

Outra época de fogo
Outro tempo de insensatez
Outro momento outro
Que remete-se a situações
talvez incertas de sua concretização
Mas paralelas na sensações
Dores,
Por que doí tanto dentro do meu peito?
Que motivo o faz arrebentar entre as paredes internas do meu intimo?
não tenho mais uma vez uma assertiva que me consola
Mas espero com a agitação
A certeza de ser pelo menos eu mais uma vez

3 comentários:

Anônimo disse...

Ter um sufoco no peito mostra que estamos vivos. Mas estar vivo não basta, é necessário viver. No fim das contas "estamos condenados à liberdade". Liberdade "essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda".
Palavras entre aspas nunca são minhas, mas uma vez usadas pertencem a quem as usou.

Anônimo disse...

O incomodo, a dor no peito, a agitação só nos fazem lembrar que estamos vivos. Mas estar vivo não basta, é necessário viver.

Teobaldo Neto disse...

Concordo com a vida de quem sente e sente por que tem um corpo que está vivo. Assim, seu texto pulsa por ele mesmo nas linhas sofridas que o compõe.
Belo Texto!
Convido-te a visitar o meu espaço.