26/04/2011

Respondo-te, se és que me entende


Ainda não sei como encontrar comigo. Não, acho que sei onde estou diante das palavras que tenho ou que um dia tive. Somos e não somos. Não descobri porque me calo de imediato, porque me fecho e busco tentar entender os outros. Impossível tamanha compreensão. Se não entendemos então como podemos decifrar nos.

Talvez você não me entenda. Talvez questione o porque das minhas atitudes ou da minha ausência de atitude. Nem eu sei. Sei que queria demais e é preciso dosar cada situação para que ela não se embriague e tome outros rumos. Tento então guiar-me. Ás vezes é preciso. Em alguns momentos voei tão alto que consegui me ver pousando na areia e tocando serenamente as águas da praia. Sim e o que consegui com isso? Consegui conhecer o desconhecido e saborear nos teus braços a simplicidade dos homens, a sagacidade das feras, a energia intensa do campo de flores.

Poderia ter desviado deste trilhar. Poderia, mas não sei e nem quero agora responder pra onde foram as palavras. Tento vê-las, até o momento descortiná-las para diante do meu palco ser eu mesma personagem das minhas narrativas. E sou? Creio que não. Apenas sou mera espectadora que perante a tamanho público extasiado em catarse extrema, se esvai nas poeiras

Um comentário:

irineu xavier cotrim disse...

como drumond= no meio do caminho há uma pedra, há um pedra no meio do caminho.